sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Padrão CBKC

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA
Classificação CBKC:Grupo 11 Raça não reconhecida pela FCI. Padrão CBKC NR 04 País de origem: Brasil Nome no país de origem: Dogue Brasileiro Utilização: Guarda Prova de trabalho: Para o campeonato, é exigida Prova de Apreciação de Caráter.
Sergio Meira Lopes de Castro Presidente da CBKC
Domingos Josué Cruz Setta Presidente do Conselho Cinotécnico
Raça desenvolvida por: Pedro Pessoa Ribeiro Dantas
DOGUE BRASILEIRO
ASPECTO GERAL: cão de aspecto sólido, maciço e não esgalgado, sem parecer, no entanto, atarracado ou desproporcionalmente pesado. Deve dar impressão de agilidade e força, com músculos muito fortes, longos e marcados, dando a impressão de grande potência e impulsão. Ossos fortes.
TEMPERAMENTO / COMPORTAMENTO: cão ativo, atento e observador, de expressão séria para estranhos e meiga para com o dono. Equilibrado, apto à disciplina, porém destemido quando provocado ou sob comando. Não deve dar demonstrações gratuitas de agressividade, principalmente diante de outros cães.
PROPORÇÕES IMPORTANTES: o comprimento do tronco deve ultrapassar a altura na cernelha em aproximadamente sete por cento. A profundidade do peito deve ser de aproximadamente 50% da altura na cernelha. O comprimento da cabeça deve ser proporcional ao tamanho do cão.
CABEÇA: de comprimento médio. Relativamente profunda na região craniana. Arco zigomático de largo para médio. A largura do arco zigomático deve sobressair em relação à do focinho, não devendo, no entanto, tal proporção ser exagerada. Linha superior do crânio, vista de frente ou de perfi l, ligeiramente convexa. O sulco mediano deve ser visível e a pele da testa ligeiramente franzida, dando ao cão uma expressão séria quando atento. A distância do occipital ao stop em relação a do occipital à ponta do focinho deve ser de 50%. Masséteres relativamente bem pronunciados.
REGIÃO CRANIANA Crânio: relativamente largo. Largura : a largura do crânio, na altura do arco zigomático, deve exceder em 7% a distância entre o occipital ao stop e ser o dobro da largura do focinho na altura dos dentes caninos superiores. Stop: leve, visto de perfi l ou de frente.
REGIÃO FACIAL Focinho: de comprimento médio, reto, mandíbula bem defi nida e muito forte, com poderosa potência de mordida. Tr ufa: preta ou podendo acompanhar a diluição da cor da pelagem (cão cinza, rajado azul, isabela ou fígado) trufas vermelhas corde carne não são admitidas; Bem desenvolvida, com narinas abertas. Dentes: fortes, bem alinhados, com fechamento frontal em tesoura ou torquês. Lábios: ajustados e curtos, com comissura labial relativamente ampla. Olhos: amendoados, do mel ao castanho escuro. Separados. Moderadamente pequenos. Pálpebras ajustadas não devendo mostrar a conjuntiva. Orelhas: de inserção ligeiramente acima da linha dos olhos. Operadas, opcionalmente, semicurtas, em triângulos isósceles. Caso íntegras, deverão ser semicaídas com caimento frontolateral.
PESCOÇO: de comprimento médio. Forte, ligeiramente arqueado, engrossando do crânio aos ombros. Levantado, de porte relativamente alto. Desprovido de barbelas.
TRONCO
Linha Superior : alta na cernelha e descendente para a garupa. Cernelha: alta, região da cernelha muito musculosa. Tórax: alto e forte. Dorso: relativamente curto. Peito: profundo, mas não em excesso (aproximadamente 50% da altura na cernelha). Costelas: profundas e razoavelmente bem arqueadas. Antepeito: largo, visto de frente, sem dar a impressão, no entanto, de atarracamento. Lombo: levemente arqueado. Ventre: linha inferior levemente esgalgada. Garupa: levemente arredondada.
CAUDA: grossa. De inserção média, devendo ser portada acima da linha do dorso, quando o cão se movimenta; com postura muito levemente côncava, nessa mesma condição, se vista de frente. Opcionalmente operada, permanecendo o comprimento, neste caso, em, aproximadamente, vinte por cento a mais do que o da cabeça do cão. Se íntegra, oitenta por cento mais longa.
MEMBROS ANTERIORES: retos, com ossos retos e arredondados. Ombros: fortes e musculosos. Br aços: fortes e musculosos. Carpos: fortes, com dedos fortes e arqueados.
MEMBROS POSTERIORES: muito musculosos, fortes, com boa angulação. Coxas: muito musculosas. Jarretes: curtos e corretamente direcionados para frente.
PATAS: de gato.
MOVIMENTAÇÃO: deve ser fl uente, com força e agilidade. As patas devem se mover paralelamente com boa fl exão, inclusive nos joelhos.
PELE: grossa, relativamente solta, mas sem qualquer resquício de barbelas.
PELAGEM: curta (até 2,5cm na cernelha) ou média; densa; luzidia e áspera. É aceita, sem restrições, a variedade de pêlo médio, não devendo, no entanto o comprimento do pêlo, na altura da cernelha, ultrapassar 4,7cm.
COR: qualquer cor, variação ou combinação de cores são aceitas sem qualquer restrição.
TAMANHO: altura: machos: de 54 a 60 cm (preferencialmente 58 cm); fêmeas: de 50 a 58 cm (preferencialmente 56 cm).
PESO: machos: de 29 a 43 kg (preferencialmente 39 kg); fêmeas: de 23 a 39 kg (preferencialmente 33 kg). OBS: as alturas e pesos devem ser respectivamente proporcionais.
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade, dentro dos critérios gerais dos cães de guarda de efetiva proteção.
DESQUALIFICAÇÕES: As gerais.
NOTA 1: Os machos devem apresentar testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
NOTA 2: Os critérios de avaliação devem ponderar os defeitos e as qualidades.
TÍTULO DE CAMPEÃO: Somente poderá obter o título de campeão os machos e fêmeas aprovados na apreciação do caráter, em anexo, em que deverão obrigatoriamente demonstrar coragem e, principalmente, controle. Os cães considerados atípicos, por falta de iniciativa, ou considerados perigosos, não poderão obter tal distinção.
APRECIAÇÃO DE CARÁTER PARA OS CÃES DOGUES BRASILEIROS (Par a tornar apto o cão ao título de campeão) I Para que se obtenha o Título de Campeão tornase necessário que o cão passe pela apreciação de caráter, em que se averiguará: 1 o Possuir o animal condições temperamentais de caráter para que possa ser conduzido normalmente, em qualquer meio alheio a seu território, sem jamais, na ausência de ameaça, representar qualquer perigo a pessoas, não revelando desequilíbrio que demonstre agressividade gratuita; 2 o Possuir o animal condições temperamentais de caráter para que possa defender seu condutor, quando exigido.
A apreciação do caráter deverá ser simples e objetiva com o fi to de avaliar as características temperamentais. Sua maior razão será conservar o temperamento fi rme e confi ável da raça, preservando de forma constante, rotineira e compulsória o equilíbrio de seu sistema nervoso. Quando se testa o temperamento de um cão, se testa sua efetiva capacidade de exercer sua função de defesa e, também, seu equilíbrio emocional. Os ataques indesejáveis que ocorreram com cães, nos últimos tempos, se devem quase que exclusivamente a total, ou quase total, ausência de comprovação do controle emocional em muitas raças. Isso cria uma situação em que os cães, no sentido psicológico, procriam aleatoriamente, não havendo, nesse sentido, nenhum controle de seu temperamento tanto do ponto de vista de efi ciência funcional como de se evitar que se tornem excessivamente agressivos. Só uma situação simulada de defesa poderá expor, para a entidade controladora, o real temperamento dos cães em todos os sentidos.
O Dogue Brasileiro em vinte e um anos de criação, apesar de efi ciente como guarda, não se pode lamentar um sequer ataque indesejável a pessoas, o que comprova que equilíbrio e coragem normalmente caminham juntos e que as provas de temperamento a que as raças têm se submetido em todos esses anos provavelmente tenham contribuído para um selecionamento racional de seu plantel, bem como ensinar os cães a distinguir as situações de perigo das do cotidiano.
1 o O condutor conduzirá o cão com guia e este deverá permitir a aproximação de pessoas estranhas dentro do raio de ação da guia sem procurar atacálas, fi cando em relação a elas indiferente ou amistoso. O condutor poderá recusar a aproximação de pessoas que já tenham servido como fi gurantes, ou que tomem atitudes hostis.
2 o Um fi gurante munido de manga adequada, ou proteção mais ampla de mesma natureza provocará o cão que deverá reagir sem qualquer recuo, mordendo fi rmemente a manga. O fi gurante soltará a manga de três a seis segundos após o cão têla abocanhado. O cão dentro de, no máximo, quatro segundos deverá soltar a manga e investir sobre o fi gurante, sendo seguro pelo condutor. O animal que não morder a manga, mas tentar efetiva e fi rmemente pegar diretamente o fi gurante será também considerado apto.
Os cães deverão apresentar perfeitas condições de saúde e higiene. Nesse sentido, poderá o árbitro, se julgar necessário, solicitar a presença de veterinário a fi m de afastar da pista animal que possa, de alguma forma, contagiar os demais. O cão se tornará apto psicologicamente ou não independentemente de sua classifi cação relativa aos demais. Somente obterá o título de Campeão o cão aprovado na prova acima e nas demais competições de estrutura comum a todas as raças. Será considerado apto o cão que for aprovado por dois árbitros diferentes em duas ocasiões diferentes, distando uma da outra no mínimo 30 dias. Dadas as características da apreciação de caráter do Dogue Brasileiro, em que o cão preferencialmente não investirá contra a manga, e, dada a impossibilidade de que se permita seu avanço contínuo, não haverá a obrigatoriedade do uso do enforcador de elos, podendo ser este substituído por uma coleira de couro ou náilon. São proibidos, no entanto, os enforcadores de grampos. Isso vale tanto para apreciação de aptidão de Campeão, como para de Grande Campeão.
APRECIAÇÃO DE CARÁTER PARA APTIDÃO AO TÍTULO DE GRANDE CAMPEÃO NA RAÇA DOGUE BRASILEIRO 1 o O condutor caminhará com o cão a seu lado, com uma guia, de no máximo 2,5 metros, e o cão deverá caminhar normalmente a seu lado sem exercer qualquer tensão na guia, por 40 segundos. 2°O condutor, num ato contínuo, caminhará com mais velocidade, obrigando o animal a trotar, e mudará várias vezes de trajeto, por mais quarenta segundos, sem que o cão deixe de acompanhálo ou tencione a guia. 3°O condutor, verbalmente ou por mímica, comandará para que o cão permaneça imóvel, sentado e/ou deitado, e se afastará até, no mínimo, 10 metros, mantendose nessa posição por um minuto, sem que o animal se desloque. Durante esse tempo, pessoas estranhas deverão, a distância chamar o cão, que deverá manter a posição. Após decorrido o tempo de um minuto, sob autorização, o condutor chamará o cão que deverá ir a seu encontro. 4° Um fi gurante dará tiros de festim e o cão deverá tomar iniciativa de defesa, ou permanecer indiferente, sem demonstrar medo. 5° Um fi gurante escondido deverá atacar o cão de surpresa, e este deverá, de imediato, reagir, sem recuar mais de um metro. O cão poderá agir de três modos: não morder a manga, tentando atingir com nítida decisão o fi gurante; morder a manga e mantêla presa por, no mínimo, 10 segundos, soltandoa,sob o comando do condutor; ou morder a manga e soltálaantes de decorrido 10 segundos, mas demonstrar clara intenção de atacar o fi gurante, após largar o apetrecho. Sob comando do condutor, o cão deverá suspender, no máximo, em quatro segundos, o ataque. O condutor só deverá comandar a suspensão do ataque com a paralisação das hostilidades por parte do fi gurante. 6° O condutor deverá caminhar com o cão do seu lado com uma guia de seis metros solta, sem que o cão dele se afaste. Em seguida, deverá ordenar que o cão fi que imóvel e dele se afastará no limite da guia. Após 5 segundos, o fi gurante entrará sem esboçar qualquer provocação, e o cão deverá observálo com atenção sem se deslocar. O fi gurante se aproximará do cão até o limite de segurança da guia, fi cando imóvel de frente para o cão. Passados 20 segundos, com o animal imóvel, o condutor deverá ordenar que o cão o defenda, sem que o fi gurante se mova, e o cão deverá obedecer. O restante da avaliação deste item seguirá os tempos e condutas do item anterior.
7° Decorrido um minuto, o árbitro deverá se aproximar do cão de maneira amistosa e este não deverá demonstrar nenhuma agressividade, demonstrando seu total equilíbrio e autoconfi ança. Não serão aprovados cães que demonstrarem agressividade a outros cães, desde que não provocados. Os animais aprovados neste teste terão muito melhor chance de gerarem descendentes de bom caráter, de manterem a coragem e a docilidade da raça e muito menor probabilidade de se envolverem em acidentes lamentáveis. O cão se tornará apto ou não independentemente de sua classifi cação relativa aos demais. Somente obterá o Título de Grande Campeão o cão aprovado na prova acima e nas demais competições de estrutura comum a todas as raças. Só será considerado apto o canino que for aprovado por dois árbitros diferentes em momentos diferentes, distando um do outro no mínimo sessenta dias.
NOTAS: · os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal. · todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.

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